50% da frota do Samu de Sergipe está inativa por falta de equipe

O Serviço de Atendimento Móvel – Samu de Sergipe, gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), está atualmente com um déficit de mais de 50% no serviço e pode sofrer a perda de quase 2 milhões de reais de repasse do Governo Federal, segundo relato de Adilson Capota, atual presidente da Associação de Condutores Ambulantes, durante entrevista ao Jornalista Brito no Programa A Verdade Como Ela É, da Juventude FM.

De acordo com Capota, as úteis móveis, ficam paradas por falta de profissionais. “O problema de não conseguir completar as equipes é antigo. O Samu hoje não consegue ter médicos suficiente para que todas as ambulâncias estejam na ativa” relatou.

Ainda em entrevista, o presidente esclareceu que o repasse do governo é feito de acordo com a demanda de atendimento e o atual relatório de Sergipe apresenta dados muito abaixo da exigência do Ministério da Saúde, visto que boa parte das Samu’s ficam paradas e consequentemente, o Estado sofrerá com a diminuição do repasse anual do governo federal.

“A falta de gestão por meio da Superintendência do Samu e da SES está privando a população de um serviço de qualidade. Um exemplo disso é que a UTI de Rosário atende ocorrência em Poço Redondo, são 3 horas para chegar até o paciente e mais 3 horas para chegar na capital, quando a ambulância de Canindé, se estivesse ativa, chegaria ao paciente em 20 minutos” relatou.

Segundo Adilson, o grande problema é a falta de contratação de médicos, não há profissionais interessados nos plantões do Samu por conta do baixo salário oferecido e com isso, as equipes estão incompletas inviabilizando a funcionalidade das úteis.

“O Valor do plantão médico do Samu é o mais baixo do estado e os profissionais preferem trabalhar em outros setores. O Samu de Sergipe vem encontrando dificuldade para contratar esses profissionais desde 2018, e quem perde com isso é a população, porque em alguns dias, ficam até 10 ambulâncias paradas, quando poderiam estar prestando assistência a população”, afirmou Capota.

Canindé, Propriá e Tobias Barreto são algumas das cidades que sofrem bastante com a ausência Úteis Móveis. Na região Centro-Sul, o médico plantonista reversa entre as cidades de Lagarto e Tobias Barreto, quando uma está funcionando, na maior parte dos dias, a outra não está, de acordo com informação obtida.

A equipe de reportagem não conseguiu contato com a Secretaria de Estado da Saúde. O espaço está à disposição através do e-mail:contato@regionalse.com.br ou telefone (79) 99912-6503.

Fonte: Regional.SE 

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