Operação prende dois suspeitos de falsificar certidões para emissões RGs em Sergipe

Dois homens suspeitos de falsificar certidões de nascimento para emissões de carteiras de identidade falsas foram presos durante a Operação Polifemo, deflagrada pela Delegacia de Capela, no Leste sergipano, nesta quinta-feira (11).

De acordo com o delegado Wanderson Bastos, as investigações identificaram uma organização criminosa que estava patrocinando a emissão de RGs falsos. Ao menos 200 carteiras de identidade foram solicitadas pelo grupo, no entanto, a maioria não chegou a ser entregue aos solicitantes.

“O Núcleo de Inteligência do Instituto de Identificação constatou um derrame de identidade falsas em algumas cidades do interior de Sergipe, mas de forma concentrada em Capela”, afirmou.

A autoridade policial explicou que o grupo criminoso utilizava certidões de nascimento falsas de pessoas com idades entre 60 a 70 anos.

“Pessoas que tinha nascido, por exemplo, em Itabaiana, na década de 50 e vinha de 2000 para cá com uma certidão de nascimento emitida em Santo Amaro das Brotas, como sendo da comarca de Barra dos Coqueiros, sendo que não pertencem à mesma comarca, ficando evidente a falsificação para a produção de uma nova documentação falsa”, disse.

O delegado afirma ainda que, as fraudes indicam que o grupo criminoso estaria tentando obter vantagens tanto na emissão de benefícios financeiros, quanto de viés político na região.

“Tudo que levantamos nos leva a crer que essa avalanche de falsificação tinha como objetivo fraudes previdenciárias e, muito provavelmente, ampliação da base eleitoral de um determinado grupo político local. Mas tudo isso virá à tona de forma mais concreta a partir da análise que será feita pela inteligência em face dos equipamentos eletrônicos que foram apreendidos”, ressaltou.

Os envolvidos no grupo criminoso serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, falsificação de documento público, corrupção ativa e corrupção passiva. Além disso, as pessoas que se utilizarem desses documentos poderão ser indiciadas pelo crime de uso de documentação falsa.

A ação contou com o apoio do 9º Batalhão da Polícia Militar (9º BPM) e do Núcleo de Investigação do Instituto de Identificação e da Divisão de Inteligência (Dipol).

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