Pesquisa da Saúde aponta que mais de 10% dos brasileiros têm depressão

Pesquisa mostra percentual de brasileiros que dizem ter recebido o diagnóstico da doença no último ano

A edição de 2021 da Pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde, apontou que pelo menos 11,3% dos brasileiros alegaram ter recebido o diagnóstico médico de depressão no último ano.

Divulgada em 7 de abril, a mais recente edição do levantamento traz pela 1ª vez dados sobre a prevalência da doença.

De acordo com o estudo, é maior o número de diagnósticos de depressão entre as mulheres (14,7%) do que entre os homens (7,3%). Os pesquisadores dizem não haver “relação clara entre o indicador e a faixa etária”.

Foram percebidas diferenças consideráveis entre as 27 capitais: o percentual de pessoas que relatam diagnóstico da doença vai de 7,2% em Belém (PA) a 17,5% em Porto Alegre (RS).

Entre os homens, as maiores frequências foram observadas em Porto Alegre (15,7%), Florianópolis (12,9%) e no Rio de Janeiro (11,7%). As menores, em Salvador (4,2%), Rio Branco (4,3%) e Palmas (4,4%).

Já nas mulheres, foram detectados mais diagnósticos em Belo Horizonte (23,0%), Campo Grande (21,3%) e Curitiba (20,9%); e menos em Belém (8,0%), São Luís (9,6%) e Macapá (10,9%).

Um estudo divulgado em outubro de 2021 pela revista científica The Lancet mostrou que a incidêcia dos casos de depressão no mundo aumentou em 25% durante a pandemia de Covid-19. 

Segundo os pesquisadores, a quantidade de casos de depressão e ansiedade antes da pandemia eram, respectivamente, de 193 milhões e 298 milhões. Atualmente, a estimativa é de 246 milhões e 374 milhões.

Em concordância com o relatório do Ministério da Saúde, a pesquisa indica que as mulheres foram mais afetadas do que os homens. O estudo publicado na The Lancet, a diferença entre os sexos se deu porque as responsabilidades adicionais de cuidado dos integrantes da família e da casa eram “mais prováveis de recair sobre as mulheres” durante a pandemia.

Além disso, elas têm maior probabilidade de sofrer desvantagens financeiras devido aos salários mais baixos e de ser vítimas de violência doméstica.

Fonte: iG

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