PC desarticula associação que praticava fraudes eletrônicas em todo Brasil

A Polícia Civil de Sergipe, com apoio da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, deflagrou nesta terça-feira, 19, a Operação Fake Toy na Grande São Paulo, desarticulando uma associação criminosa, especializada em fraudes eletrônicas, com atuação em todo o território nacional. A operação teve como objetivo o cumprimento de 12 mandados judiciais, sendo cinco de prisão e sete de busca e apreensão.

Conforme os delegados Bruno Alcântara, da Delegacia Regional de Lagarto, e Matheus Cardillo, da Delegacia Regional de Itabaiana, que estiveram à frente da Operação, que também contou com trabalho da Divisão de Inteligência e Planejamento da Polícia Civil de Sergipe (Dipol), a Fake Toy buscou desarticular um grupo que se especializou em aplicar golpes por meio de anúncios referentes à venda de veículos infantis, incluindo carros, motos e quadriciclos elétricos. Os produtos eram divulgados por meio de uma rede social.

Ainda segundo o que foi apurado, os compradores, oriundos de vários estados, eram vítimas de um esquema fraudulento, pois realizavam as compras e nunca recebiam os produtos pelos quais haviam pago. O prejuízo estimado para as vítimas em Sergipe alcança a cifra de aproximadamente R$ 200 mil.

“Empresários do estado de Sergipe manifestaram interesses em adquirir esses produtos e passaram a negociar com os criminosos. A partir de determinado momento, já com prejuízo financeiro notado, eles observaram que foram vítimas e procuraram as delegacias de Lagarto e Itabaiana para notificar essa situação. A partir de então se iniciou essa investigação conjunta”, citou o delegado Matheus Cardillo.

O delegado Bruno Alcântara, que coordenou a parte operacional da investigação, destacou que o inquérito policial foi instaurado há um ano e sete meses, inicialmente focando em vítimas nas cidades de Lagarto e Itabaiana, em Sergipe. Durante a operação, as autoridades conseguiram apreender diversos aparelhos que eram utilizados para as práticas delituosas, bem como documentos e outros objetos que desempenharão um papel crucial nas próximas fases da investigação.

“De acordo com as investigações, que iniciaram há um ano e sete meses, tratam-se de crimes praticados via plataforma digital, através da plataforma, tendo várias vítimas em diversos estados do país. Constatamos as vítimas de Sergipe na cidade de Lagarto e Itabaiana”, falou o delegado Bruno Alcântara.

Conforme o apurado na operação, o grupo criminoso recrutava pessoas que cediam contas bancárias para participar das fraudes. Até o momento, já existe a confirmação de que aproximadamente 30 pessoas forneceram contas à quadrilha.

Além disso, o delegado Matheus Cardillo, que coordena a Divisão de Crimes Patrimoniais em Itabaiana, ressaltou que há fortes elementos que indicam que o número de vítimas em todo o Brasil seja substancial, devido às vendas realizadas na rede social, por vários perfis, e ao grande número de seguidores nas páginas de venda.

A ação de hoje aconteceu nos bairros Cidade Tiradentes e Jardim Robru, em São Paulo, e o prejuízo total para as vítimas em todo o país pode atingir um valor milionário.

Além das Divisões de Repressão a Crimes Patrimoniais das Delegacias Regionais de Lagarto e Itabaiana, a operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, a partir da Delegacia de Crimes Cibernéticos, da Divisão de Inteligência e Planejamento da Polícia Civil de Sergipe, da Delegacia Regional de Lagarto, e da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior.

Fake Toy

O nome escolhido para operação foi Fake Toy, que, em inglês, traduz-se como “brinquedo falso”, fazendo referência direta à prática enganosa de venda de produtos infantis por parte do grupo criminoso, os quais, conforme se comprovou, que nem sequer existiam.

O delegado Regional de Lagarto, Paulo Cristiano, que também participou da operação, ressalta que o preparo técnico da PCSE foi importante para o desfecho da ação. “A Polícia Civil de Sergipe detém conhecimento técnico necessário em investigações de alta complexidade, como ocorre nos casos de elucidação de Crimes Cibernéticos”, citou.

Fonte: SSP/SE

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