Ronaldinho Gaucho deve sair da cadeia no Paraguai nesta segunda feira 24.

Depois de cinco meses preso no Paraguai, por passaportes falsificados, ele e o irmão Assis deverão ser soltos na segunda-feira. Basta pagar R$ 1,1 milhão

Está tudo mais do que encaminhado.

Os advogados de Ronaldinho Gaúcho já até informormaram as autoridades paraguaias.

Ele e seu irmão Assis morarão no Rio de Janeiro, depois que deixarem o hotel Palmaroga, onde estão cumprindo prisão domiciliar.

Era a informação que faltava para a audiência de segunda-feira, que deverá ser o dia da libertação da dupla.

E em seguida, deverá embarcar para o Brasil. 

E ela tem preço: Ronaldinho Gaúcho pagará 90 mil dólares de multa, cerca de R$ 502 mil. E Assis, 110 mil dólares, R$ 613 mil. 

Desde o dia 6 de março, os dois estão presos no Paraguai.

Primeiro ficaram por 31 dias em uma cadeia militar.

Pagaram 1,6 milhão de dólares, cerca de R$ 8,9 milhões, de fiança. E conseguiram ir para o hotel cinco estrelas, fechado para os dois, em prisão domiciliar.

Os dois entraram no país vizinho com passaportes falsos. No documento, ambos apareciam como paraguaios naturalizados. 

O processo de naturalização nunca aconteceu.

Na constituição paraguaia, há o direito de a justiça manter preso um suspeito pego em flagrante por até seis meses, para investigar há outras transgressões legais.

A suspeita do Ministério Público do Paraguai era que os dois estariam envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro com a empresária Dalia López. Ela que convidou os dois para Assunção, inclusive, está foragida.

Não se comprovou nada.

A não ser os passaportes adulterados.

A defesa dos dois garante que foram funcionários de Dalia que deram os documentos e o erro foi eles não conferirem, antes de os apresentarem no aeroporto de Assunção.

O mais absurdo é que ambos têm passaportes brasileiros. Fora o fato de que poderiam ter entrado no país vizinho até com suas cédulas de identidade.

Assis terá de pagar multa mais alta porque é apontado pelas autoridades como o responsável por ambos estarem com os passaportes falsos. Já que foi ele quem assumiu ter recebido os passaportes dos funcionários de Dalia e os entregue aos policiais do aeroporto. Ronaldinho não saberia de nada.

A prisão do ex-jogador que foi duas vezes o melhor do mundo repercutiu internacionalmente.

E serviu ao presidente paraguaio Mario Abdo Benítez. Em março, ele estava muito desgastado pela acusação de ter feito um acordo com o governo brasileiro, em relação à usina de Itaipu.

Escapou até de um processo de impeachment.

A prisão de Ronaldinho serviu politicamente Benítez.

Mostrou ao mundo a 'seriedade' do governo paraguaio.

A imagem do atleta se desgastou.

Aparecer, ao lado do irmão, algemado, ficará registrado para sempre.

Patrocinadores, organizadores de jogos cuja presença do ex-jogador era paga, deverão se afastar.

Pelo menos em um primeiro momento.

Mas o inferno de Ronaldinho Gaúcho terá fim.

Depois de cinco meses e 18 dias.

Basta pagar nesta segunda-feira, R$ 1,1 milhão.

Ele e seu irmão estarão livres...

 

 

/convert/0f3713d9a0d817892c10b3091573ce0f/result.html