Os partidos já se articulam para distribuir a verba para candidatos a prefeito e vereador pelo país.

Em jogo, R$ 2,034 bilhões. Na primeira disputa municipal com uso do fundo eleitoral, as bancadas de deputados e senadores estão sedentos pelo controle da distribuição da verba pública para candidatos a prefeito e vereador pelo país. O número de deputados eleitos em 2018 é o principal critério para definir o valor que cada partido receberá do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Cada partido definirá suas regras sobre como fará a distribuição dos valores entre os candidatos. Segundo informações do jornal O Globo, as legendas com direito às maiores verbas públicas já estão se articulando para fatiar o bolo. No PP, por exemplo, uma comissão de cinco parlamentares vai autorizar ou vetar as indicações que vierem das bancadas na Câmara e no Senado.

Já no PT, as sete secretarias setoriais do partido (juventude, combate ao racismo, LGBT, sindical, agrário, sindical e meio ambiente), responsáveis por promover a renovação política, vão dividir a administração de 3% do fundo. As destinações para as demais cidades ficarão a cargo dos diretórios estaduais.

No MDB, as negociações ainda estão em andamento. A cúpula nacional da sigla tem intenção de definir cotas de valores para serem apadrinhadas por cada deputado, segundo dirigentes estaduais. Mas a ideia encontra resistência, já que muitos deputados têm alianças regionais com prefeitos de outros partidos.

O PSL enfrentou denúncias de uso de candidatas laranjas. O presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que para coibir o problema serão feitas investigações para medir a viabilidade eleitoral das mulheres e os recursos só serão enviados para as que forem competitivas.

Ranking dos maiores beneficiários do fundo eleitoral em 2020:

• 1º PT – R$ 201,2 milhões

• 2º PSL – R$ 199,4 milhões

• 3º MDB – R$ 148,3 milhões

• 4º PP –  R$ 140,7 milhões

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