Base de Bolsonaro, Centrão e evangélicos devem disputar sucessão de Maia

O campo governista da Câmara dos Deputados deve largar a corrida pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara dos Deputados dividido.

Enquanto o nome do deputado Arthur Lira (PP-AL) aparece como representante do Centrão, grupo de partidos que passou para a base do presidente Jair Bolsonaro neste ano – e que já garantiu vitória para o governo em votações importantes – a bancada evangélica fala em ter seu próprio nome.

Bolsonaro é próximo aos parlamentares religiosos desde o início do seu governo. O grupo, no entanto, não foi suficiente para que o presidente tivesse uma base confortável no parlamento, garantindo a aprovação de medidas do interesse do Planalto.

Entre os evangélicos, o nome do atual vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira, nome próximo ao bispo Edir Macedo, é tido como possível candidato, embora ele negue estar em campanha e defenda, ao menos publicamente, que o presidente não interfira em assuntos parlamentares. O deputado é bispo da Igreja Universal.

Enquanto o Centrão garantiu, nesta semana, vitória do governo em pautas de seu interesse, mantendo, por exemplo, decreto do Planalto que limitava o escopo de duração do auxílio-emergencial e derrotando uma emenda do PT, que pregava o oposto, a bancada evangélica é ligada a Bolsonaro sobretudo nas pautas de costumes e não teve peso suficiente para impor vitórias no Congresso.

Fonte: Metropoles

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