USP: crianças que tiveram covid podem ter sequelas por até 6 meses

Uma pesquisa inédita realizada no Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, revelou que crianças que tiveram covid-19 e desenvolveram a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, seguiram com alterações no coração por cerca de 6 meses após a alta hospitalar.

O estudo, publicado na revista científica microcirculation, acompanhou seis crianças, três meninos e três meninas com idade média de 9 anos e todos não vacinados, que passaram por internação na unidade e receberam alta entre julho de 2020 e fevereiro de 2021.

Por meio de ecocardiogramas realizados meses após a alta, o estudo constatou que as crianças continuavam com alterações nos vasos sanguíneos que nutrem o coração.

A pesquisadora e médica Gabriela Leal, coordenadora de serviço de ecocardiograma do Instituto da Criança e do Adolescente, relata a importância do estudo e de um acompanhamento pediátrico pós alta.

Segundo a médica, a síndrome é uma condição rara, e no Brasil a taxa de mortalidade gira em torno de seis por cento, considerada até quatro vezes maior se comparada a outros países. Gabriela Leal explica que a melhor forma de evitar esta situação é reduzi o fluxo do vírus, vacinando as crianças.

Segundo o Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (11), 18,8% do público de 5 a 11 anos de idade já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19.

Fonte: Rádio Agência Nacional 

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