Especialistas alertam para o risco de produtos para emagrecer

A divulgação dos laudos sobre a morte da cantora Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta, reacendeu o debate sobre o uso de suplementos e remédios para emagrecer. Os exames da artista apontaram a presença de substâncias como anfetaminas, que estimulam o sistema nervoso, além de lesões graves no fígado e nos rins, que poderiam ter sido causadas por medicamentos para perder peso.

De acordo com o hepatologista Anderson Brito, especialista em transplante de fígado, entre os casos mais comuns de hepatite fulminante está a intoxicação causada pelo uso de medicamentos e suplementos.

O hepatologista ressalta que os remédios fitoterápicos, mesmo fabricados à base de substâncias naturais, podem sobrecarregar o fígado se usados em grandes quantidades.  

O dr. Anderson alerta que as pessoas devem desconfiar de fórmulas prontas de emagrecimento.

E poderia ter acontecido também com a ex-funcionária pública Jucelma Borges da Silva, de 42 anos. Ela estava 7 kg acima do peso indicado e conta que procurou um endocrinologista para tentar emagrecer rapidamente.

O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, explica que medicamentos podem ser indicados para redução de peso, desde que tomados com acompanhamento médico e caso outras medidas não deem resultado, como dieta e atividade física.

No mês passado, outro caso parecido com o da cantora Paulinha abelha chamou a atenção de autoridades de saúde: a morte da enfermeira Mara Abreu, que não resistiu a um transplante de fígado após intoxicação por uso de concentrados de chás. Na época, a Anvisa divulgou uma lista de 140 remédios para emagrecer proibidos no Brasil, entre eles, o ingerido pela profissional de saúde.

Fonte: Rádio Agência Nacional 

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