Presidente da Câmara diz que radicalismo político afeta economia real

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adotou tom conciliatório em pronunciamento nesta quarta-feira (8) em razão dos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Judiciário.

Lira afirmou que o Parlamento vai ser uma ponte de pacificação entre os dois poderes. Na terça-feira (7), durante manifestações de apoio ao governo, Bolsonaro fez um ultimato ao Supremo Tribunal Federal e afirmou que não iria mais cumprir ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes, ao defender o “enquadramento do ministro”.

“ É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo.
Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é superdimensionada pelas redes sociais, que apesar de amplificar a democracia estimula incitações e excessos”.

Indiretamente, Lira também criticou o presidente Bolsonaro que nos discursos de terça, defendeu o voto impresso, proposta já derrubada pela Câmara no mês passado. Segundo Lira, é uma questão superada.

“Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas – como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim como também vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão – e a nossa prerrogativa de puni-los internamente se a Casa com sua soberania e independência entender que cruzaram a linha”.

Arthur Lira reafirmou o respeito à Constituição e disse que ela “jamais será rasgada”. Ele também lembrou as ações da Câmara no combate à pandemia e à crise econômica. Segundo ele, o Legislativo não faltou ao povo e vai seguir adiante com as reformas.

Da Rádio Câmara

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