Greve dos Caminhoneiros, Sergipe decide não aderir a greve.
Mesmo com a proibição da Justiça Federal de que caminhoneiros não podem bloquear as rodovias federais, ainda assim, a categoria cumpre promessa e paralisa as atividades nesta segunda-feira, 1º de novembro.
“Independente de governo, de direita, de esquerda ou de centro, o que está em discussão e o que sempre esteve pautado é a defesa do trabalhador, dos seus direitos e da sobrevivência, e mais do que nunca, comprometido quando governos, como é o caso do ministro Tarcísio, afirma que essa categoria tem que deixar de ser autônomo e tem que passar a ser empregado de empresa de transporte. Não é papel de um estadista fazer disso a proposta de governo que é ser o mediador e o fiel da balança para ajustar dificuldade e ter lado, e infelizmente o lado é o do poder econômico, do empresário e das grandes empresas”, pontuou Carlos Alberto Litti, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), em entrevista ao Alerta 99, da rádio Fan FM.
Em contrapartida, o vice-presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado de Sergipe, Everton Silva, reconheceu as dificuldades pelas quais a categoria tem passado, mas afirmou que por aqui a greve não deve acontecer.
“A categoria está passando por uma dificuldade muito grande com esses aumentos abusivos de combustível, que não só move uma classe forte como a dos caminhoneiros, mas todo o País. Se o caminhão parar, o país para completamente. Com relação a essa greve não haver movimento, porque corre o risco do motorista particular ser autuado. Ninguém vai querer pagar multa, é um pouco difícil. Ficamos sem ter alguém que venha a dar sustentabilidade à categoria”, disse Everton.
O movimento deve ter foco na rodovia que liga ao Porto de Rio Grande e também no Porto de Santos, além de diversos micropontos por alguns estados do País.