Bolsonaro viaja para Rússia em meio a tensão na fronteira com a Ucrânia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarca hoje (14) em direção a Moscou, onde terá agendas com o presidente russo, Vladimir Putin, empresários e líderes locais nos próximos dias. A viagem ocorre em meio a clima de tensão internacional em razão da possibilidade de a Rússia iniciar um conflito armado com a Ucrânia.

Com ajuda de outros países como Estados Unidos e França, ainda há negociações na tentativa de superar as divergências políticas e evitar o início de uma guerra que, de acordo com especialistas, pode gerar instabilidades na Europa e no mundo. A invasão, no entanto, pode ocorrer a qualquer momento, segundo afirmou Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano.

Bolsonaro foi aconselhado a cancelar ou adiar a ida à Rússia, mas decidiu ignorar os alertas e manteve a programação inicial —ele ficará em Moscou até quinta-feira (17), dia em que também visitará a Hungria para encontro com o primeiro-ministro Viktor Orbán.

No sábado (12), o governante brasileiro destacou que considera a viagem importante porque o país depende da Rússia para importação de fertilizantes. E também fez um pedido de paz: "A gente pede a Deus para que reine a paz no mundo para o bem de todos nós".

Bolsonaro e Putin devem se encontrar na quarta-feira (16), no Kremlin, sede do governo local. O visitante terá que se adequar a um rígido esquema de controle sanitário imposto pela autoridade russa. Foi solicitado que os integrantes da comitiva brasileira façam até 5 testes do tipo RT-PCR para detecção do vírus da covid-19. Um deles seria realizado entre três e quatro horas antes da agenda.

Acompanhado de ministros e auxiliares, Bolsonaro chegará à capital russa na tarde de terça-feira (15). O mandatário do Palácio do Planalto confirmou que pretende realizar uma live após o desembarque.

Bolsonaro estará com Putin em pelo menos dois momentos na quarta. O primeiro será um encontro de recepção, durante a manhã, seguido por breve conversa entre os dois líderes. Posteriormente, Bolsonaro e outros membros da delegação brasileira participariam de um almoço no Kremlin, de acordo com o planejamento do Itamaraty.

Além das agendas com o presidente russo, Bolsonaro também participará de compromissos com representantes do Parlamento russo e com empresários da área do agronegócio.

Frias é cortado

No sábado, o Planalto informou ter cancelado a participação do secretário especial de Cultura, Mário Frias, na comitiva. O ex-ator viajaria junto com o presidente Bolsonaro, mas acabou sendo cortado em razão da repercussão negativa da passagem de Frias por Nova York, em dezembro do ano passado.

Na última sexta, o Ministério Público Federal pediu ao TCU (Tribunal de Contas da União) para investigar as despesas de Frias e do secretário-adjunto, Hélio Ferraz, durante a viagem a Nova York. Tensão mundial A possibilidade de uma guerra entre Rússia e Ucrânia levou preocupação a toda a comunidade internacional. Líderes do Ocidente têm ameaçado o presidente russo, Vladimi.

Tensão mundial

A possibilidade de uma guerra entre Rússia e Ucrânia levou preocupação a toda a comunidade internacional. Líderes do Ocidente têm ameaçado o presidente russo, Vladimir Putin, com a aplicação de sanções severas caso o conflito aberto seja instalado.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou em sanções imediatas "reações duras". O Kremlin, apesar das ameaças, mantém um amplo contingente militar nos arredores da fronteira com a Ucrânia.

Segundo afirmou hoje o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, a invasão pode ser confirmada antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em 20 de fevereiro. Ele destacou, por outro lado, que ainda tem.

Fonte: UOL Notícias 

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