Abstenção poderá ser recorde nas eleições de Novembro.

A eleição municipal de 2016 em Aracaju ficou na média de 18,5% o índice de abstenção com 18,04% no 1º turno e 18,94%) no 2º turno (18,94%). No pleito 2018, em Sergipe, a abstenção também foi em torno de 19%, sendo no 1º turno (18,83%) e no 2º turno (19,81%).

Por conta da pandemia do novo coronavírus, que no Brasil até ontem matou mais de 88 mil pessoas e em Sergipe mais de 1.350, existe uma grande possibilidade dessa média de abstenção aumentar significativamente nas eleições deste ano, que foram adiadas para 15 de novembro.

Já são vários os eleitores, principalmente os que estão fazendo isolamento social, que estão afirmando que se continuar elevado o número de mortes e casos da Covid-19, e não ter a vacina até lá, como parece, não vão votar.

O sentimento é que não vão arriscar contrair a doença em fila quilométrica para votar, quando o vírus continua matando em Sergipe, no país e no mundo. O sentimento é que não vale a pena arriscar suas vidas por conta de uma eleição.

O que também deve contribuir para elevar o nível de abstenção é o abono da multa pelo não comparecimento às urnas. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já sinaliza nessa direção. Ocorrendo isso, o pleito 2020 será quase como um laboratório experimental do voto facultativo no Brasil.

A eleição na França, realizada em 29 de junho, teve seu recorde de abstenção, com 4 em cada 10 eleitores terem ido as urnas votar em plena pandemia. Cabe lembrar que lá o voto é facultativo e as médias de presença nas últimas eleições foram em torno de 70% a 80%.

Como se não bastasse a ameaça de grande abstenção nas urnas, os pré-candidatos vão ter dificuldade para fazer a campanha eleitoral. A tradicional campanha do aperto de mão, do corpo a corpo não deve ocorrer pelo risco da contaminação do vírus tanto para o candidato quanto para o eleitor

Os pré-candidatos vão ter de se preparar para uma eleição pelas redes sociais, já que o pleito será atípico este ano com o mundo permanecendo tumultuado por conta da pandemia. Principalmente com relação a abstenção, que deve ser recorde no dia da votação.

Trocando em miúdos, a eleição este ano será mais fria e digital. Os candidatos tem de estar atentos e preparados para essas mudanças…

Por Rita Oliveira.

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